Quoting Flavio Bessa to All at 10-27-16 01:51 <=-
...
Eu viajo bastante e uso sempre as opcoes de transporte publico disponiveis, e nunca vi um cobrador de onibus fora do territorio brasileiro e, obviamente, vi onibus com o motorista exercendo a tal da
" dupla funcao" em paises com indices de acidentes de transito muito
mais baixos que os nossos.
A dupla funcao so onera mais ainda o empresario de onibus. Alem do
mais, eh simplesmente lamentavel viver num sistema de transporte aonde
a bilhetagem eletronica eh lenta e cara. No Chile, por exemplo, eh impossivel pagar a passagem em dinheiro - Voce tem que comprar um " Riocard", que la se chama " Bip", e ai sim pode comecar a usar o transporte publico.
Aqui no Rio recarregar o Riocard eh um suplicio. O site Web eh super complicado, e as poucas maquinas disponiveis estao sempre cheias de
filas.
A pergunta que eu faco pra todo mundo eh: Vale a pena viver como
cobrador de onibus? Nao seria mais interessante o Estado dar uma capacitacao melhor pra esse profissional para que ele possa contribuir
a sociedade de uma forma mais digna?
Quoting Flavio Bessa to All at 10-27-16 01:51 <=-
...
Eu viajo bastante e uso sempre as opcoes de transporte publico disponiveis, e nunca vi um cobrador de onibus fora do territorio brasileiro e, obviamente, vi onibus com o motorista exercendo a tal da
" dupla funcao" em paises com indices de acidentes de transito muito mais baixos que os nossos.
A dupla funcao so onera mais ainda o empresario de onibus. Alem do
mais, eh simplesmente lamentavel viver num sistema de transporte aonde
a bilhetagem eletronica eh lenta e cara. No Chile, por exemplo, eh impossivel pagar a passagem em dinheiro - Voce tem que comprar um " Riocard", que la se chama " Bip", e ai sim pode comecar a usar o transporte publico.
Aqui no Rio recarregar o Riocard eh um suplicio. O site Web eh super complicado, e as poucas maquinas disponiveis estao sempre cheias de filas.
A pergunta que eu faco pra todo mundo eh: Vale a pena viver como cobrador de onibus? Nao seria mais interessante o Estado dar uma capacitacao melhor pra esse profissional para que ele possa contribuir
a sociedade de uma forma mais digna?
Mas qual empresa quer contratar mais e pagando melhor? O argumento
de nao precisar mais de cobrador e usado so para gastar menos e nao
melhora as condicoes dos motoristas sobrecarregados, que nao sao
todos mas e uma parcela grande.
Acredito que esse seja o caminho, mas as empresas tambem tem de
fazer a parte delas. Ai nao fazem e o estado obriga, depois
reclamam da intervencao do estado na iniciativa privada.
Fica dificil... :-P
Quanto a sua pergunta sobre o cobrador, talvez seja uma profissao em
extincao aqui. Ele poderia (e ā) ser colocado em outra funcao na
empresa, mas duvido que as empresas possam absorver todos.
Complicado...
Quoting Daniel Marques to All at 11-11-16 12:22 <=-
<Mauro Veiga> wrote:
Quoting Flavio Bessa to All at 10-27-16 01:51 <=-
...
Eu viajo bastante e uso sempre as opcoes de transporte publico disponiveis, e nunca vi um cobrador de onibus fora do territorio brasileiro e, obviamente, vi onibus com o motorista exercendo a tal da " dupla funcao" em paises com indices de acidentes de transito muito mais baixos que os nossos.
A dupla funcao so onera mais ainda o empresario de onibus. Alem do mais, eh simplesmente lamentavel viver num sistema de transporte aonde a bilhetagem eletronica eh lenta e cara. No Chile, por exemplo, eh impossivel pagar a passagem em dinheiro - Voce tem que comprar um " Riocard", que la se chama " Bip", e ai sim pode comecar a usar o transporte publico.
Aqui no Rio recarregar o Riocard eh um suplicio. O site Web eh super complicado, e as poucas maquinas disponiveis estao sempre cheias de filas.
A pergunta que eu faco pra todo mundo eh: Vale a pena viver como cobrador de onibus? Nao seria mais interessante o Estado dar uma capacitacao melhor pra esse profissional para que ele possa contribuir a sociedade de uma forma mais digna?
Mas qual empresa quer contratar mais e pagando melhor? O argumento
de nao precisar mais de cobrador e usado so para gastar menos e nao
melhora as condicoes dos motoristas sobrecarregados, que nao sao
todos mas e uma parcela grande.
Acredito que esse seja o caminho, mas as empresas tambem tem de
fazer a parte delas. Ai nao fazem e o estado obriga, depois
reclamam da intervencao do estado na iniciativa privada.
Fica dificil... :-P
Quanto a sua pergunta sobre o cobrador, talvez seja uma profissao em
extincao aqui. Ele poderia (e ā) ser colocado em outra funcao na
empresa, mas duvido que as empresas possam absorver todos.
Complicado...
Indo direto a questao do cobrador. Realmente, com a automaĆ§Ć£o de bilhetes eletrĆ“nicos isto serĆ” inevitĆ”vel! Como o Bessa disse: como
no Chile, em breve sĆ³ pegaremos Ć“nibus com cartĆ£o.
Ou serĆ” que na revoluĆ§Ć£o industrial todos acharam bacana perder a
vaga pra uma mƔquina?
O ponto eh: o profissional tem que mudar tambƩm, ou vai para uma vaga relacionada a caixa, ou treina pra ficar na frota como motorista.
As empresas poderiam fornecer tal processo de migraĆ§Ć£o/treinamento
para ajudar tb.
Mas, com a atual conjuntura, ocorre ao contrƔrio. Como lƔ na
empresa, estĆ£o baixando os salĆ”rios base e movendo este valor para a parcela variĆ”vel, ligada aos nossos objetivos.
Tudo isso com o objetivo de reduzir a folha...
Mauro Veiga wrote to FLAVIO BESSA <=-
nas horas de pico, com transito infernal e um motorista com um
nivel
elevado de stress que provavelmente esta fazendo dobra - pratica
comum porque ganham pouco e estimulada pelas empresas por razoes
obvias. No caso desse motorista pode ser criminoso (pelo perigo)
acrescentar mais a obrigacao de cobrador.
Numa conversa antiga no Athenas um membro comentou que a esposa
trabalhava como psicologa ou assistente social lidando com
motoristas de onibus e aconselhou a todos *nunca* discutir com
eles
devido ao nivel elevadissimo de stress que eles tem
constantemente.
Alguem pode dizer que se dessem melhores condicoes de trabalho e
rendimentos aos motoristas eles trabalhariam mais satisfeitos e
menos estressados como os que citei no inicio - o exemplo ja
existe.
Mas qual empresa quer contratar mais e pagando melhor? O
argumento
de nao precisar mais de cobrador e usado so para gastar menos e
nao
melhora as condicoes dos motoristas sobrecarregados, que nao sao
todos mas e uma parcela grande.
Acredito que esse seja o caminho, mas as empresas tambem tem de
fazer a parte delas. Ai nao fazem e o estado obriga, depois
reclamam da intervencao do estado na iniciativa privada.
Fica dificil... :-P
Quanto a sua pergunta sobre o cobrador, talvez seja uma profissao
em
extincao aqui. Ele poderia (e ) ser colocado em outra funcao na
empresa, mas duvido que as empresas possam absorver todos.
Complicado...
Quoting Flavio Bessa to Mauro Veiga at 01-06-17 18:50 <=-
Quanto a sua pergunta sobre o cobrador, talvez seja uma profissao
em
extincao aqui. Ele poderia (e ) ser colocado em outra funcao na
empresa, mas duvido que as empresas possam absorver todos.
Complicado...
Entendo o seu ponto, e eh verdade mesmo. A minha questao eh que isso acontece independentemente do motorista estar "acumulando" a funcao de cobrador ou nao.
O problema principal ocorre porque o servico de onibus na cidade eh controlado por um cartel de bandidos que fazem o que querem, sem
maiores problemas.
Te digo isso porque o transito infernal nao eh privilegio do Rio de Janeiro - Buenos Aires, Lima e Santiago tem um transito bem parecido
com o nosso, nao tem cobrador e os motoristas nao vivem no fio da
navalha como aqui.
Sei la, pra mim o tema eh mais cultural e referente a bandidagem do empregador do que a existencia do cobrador como funcao em si. Eu
sempre bati na tecla de que, para podermos avancar, precisamos ter empregos mais especializados, fazer com que as pessoas possam "subir"
na vida de verdade. Tipo, pra que importar medicos cubanos, se o certo seria abrir uma super faculdade de medicina no meio da favela? Sao
esses temas que me preocupam.
Mauro Veiga wrote to FLAVIO BESSA <=-
Te digo isso porque o transito infernal nao eh privilegio do Rio de Janeiro - Buenos Aires, Lima e Santiago tem um transito bem parecido
com o nosso, nao tem cobrador e os motoristas nao vivem no fio da
navalha como aqui.
Concordo. Eh um circulo vicioso - voce tenta melhorar a condicao
das
empresas para beneficiar os funcionarios e elas usam em beneficio
proprio. Ai vai pelo caminho inverso por meio de leis e taxas e
as
empresas empregam menos para gastar menos. Eh sempre o empregado
que se ferra. Dificil quebrar esse ciclo viciado pela cultura
local.
Sei la, pra mim o tema eh mais cultural e referente a bandidagem do empregador do que a existencia do cobrador como funcao em si. Eu
sempre bati na tecla de que, para podermos avancar, precisamos ter empregos mais especializados, fazer com que as pessoas possam "subir"
na vida de verdade. Tipo, pra que importar medicos cubanos, se o certo seria abrir uma super faculdade de medicina no meio da favela? Sao
esses temas que me preocupam.
Ou faculdades no interior. A razao dos medicos cubanos foi a
escassez de medicos no interior, todos os daqui querem ficar perto
das capitais perto da familias. Ninguem quer se aventurar em
lugares distantes de casa com poucos recursos.
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